Vacinação é um ponto chave no controle da Pneumonia Enzoótica Suína

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O controle da PES envolve o monitoramento do patógeno, atenção na biosseguridade, vacinação e uso de antimicrobianos.

Infecções respiratórias são grandes desafios para a suinocultura. Por serem altamente prevalentes em todo o mundo, resultam em prejuízos financeiros para o produtor devido aos custos de tratamento e vacinação, diminuição do desempenho e aumento da mortalidade decorrente de infecções secundárias.

Mycoplasma hyopneumoniae é o principal causador da Pneumonia Enzoótica Suína (PES), uma doença respiratória crônica, e um dos principais patógenos envolvidos no complexo de doença respiratória suína (PRDC).

Esta enfermidade acomete suínos durante a fase de crescimento e terminação, os quais apresentam um quadro crônico de tosse não produtiva, redução no ganho de peso e na conversão alimentar, bem como aumento da mortalidade durante o período de creche e dos custos associados ao tratamento dos animais. Em infecções experimentais, a tosse pode aparecer em até 14 dias após a infecção, com o pico cerca de 28 dias depois, com diminuição gradual nos dias subsequentes.

A transmissão do patógeno ocorre principalmente por meio do contato direto entre leitões infectados e livres, inclusive entre as fêmeas reprodutoras e sua leitegada. Ao nascimento, os leitões são livres de M.hyopneumoniae, mas se infectam pelo contato com a porca, caso ela esteja excretando o micro-organismo pela via nasal. Acredita-se que a chance de transmissão do agente entre mãe e filhote aumente em 10% para cada dia em que se prolonga o desmame.

Mycoplasma hyopneumoniae age sobre as mucosas do epitélio respiratório, aderindo-se aos cílios e alterando a frequência dos batimentos, promovendo ciliostase, morte da célula epitelial. Tem a capacidade de modulação da imunidade celular e humoral, além de resultar em uma reação inflamatória exacerbada nos pulmões. O processo de aderência, que é um pré-requisito para o início da doença, é multifatorial e complexo, e assim como a estimulação de uma reação inflamatória prolongada, a supressão e a modulação das respostas imunes inatas e adaptativas, são passos importantes na colonização e na infecção desse organismo. Como resultado, os animais infectados se tornam mais suscetíveis a infecções por outros patógenos respiratórios, e os sinais clínicos e as lesões pulmonares se tornam mais severas.

O diagnóstico da doença é baseado nos sinais clínicos, avaliação de lesões pulmonares como a consolidação macroscópica na região crânio-ventral do pulmão (Imagem 1; setas), e lesões histológicas que compreendem principalmente hiperplasia de tecido linfoide associado aos brônquios. Apesar de lesões e sinais clínicos característicos, estes não são exclusivos de Mycoplasma hyopneumoniae. Além disso, infecções mistas podem gerar lesões e sinais clínicos menos típicos desta doença.

Imagem 1. Lesão de consolidação em porções crânio-ventrais dos lobos apicais, cardíacos e diafragmáticos, causada por Mycoplasma hyopneumoniae. Fonte: Arquivo pessoal autor.

Atualmente, o controle da PES envolve o monitoramento do patógeno, atenção na biosseguridade, vacinação e uso de antimicrobianos. A vacinação é um ponto chave no controle da doença, uma vez que minimiza sinais clínicos, lesões pulmonares e perda de desempenho.

A Safesui Mycoplasma é uma vacina moderna e excelente alternativa para o controle da PES. A administração da vacina em leitões com idade igual ou superior a 21 dias deve ser realizada na dose de 2 mL por animal, pela via intramuscular, na região do pescoço, em única administração. A vacinação de fêmeas prenhes, com idade gestacional entre 80 e 90 dias, deve ser realizada por meio da administração da vacina na dose de 2 mL por animal, pela via intramuscular, na região do pescoço, em única administração. Outro esquema de vacinação poderá ser adotado, de acordo com as condições epidemiológicas e a critério do médico-veterinário.

 

*produto certificado com o selo de bem-estar animal.

 

Autora: Marina L. Mechler Dreibi, Médica Veterinária, Mestrado e Doutorado com ênfase em sanidade de suínos. Pesquisadora P&D Desenvolvimento Bioanalítico na Ourofino Saúde Animal.

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